quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Para meu último Amor

Não sei te falar,

o que sinto por você.

É um sentimento muito forte,

não da pra saber.

Tanto tempo se passa,

e eu nada a fazer,

sou um bobo apaixonado

que se parece entristecer.

Por uma coisa que é minha,

e tenho medo de aceitar.

Fico quieto em meu canto,

esperando minha vez chegar.

As vezes choro por ti,

não quero mais sorrir,

penso sempre nos teus lábios doces,

antes de dormir...

e quando vem idéias de amor com você

lembro do teu corpo escultural.

Bate uma vontade de beijar-te,

como se eu fosse irracional.

Eu quero te falar sem medo de engano,

falar o que realmente é,

que é falar que TE AMO!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fragmento texto Machado de Assis

A mão e a luva

"A namorada de Estêvão, - é tempo de dizer alguma coisa dela, - era uma moça de 17 anos, e, por ora, simples aluna-professora no colégio de uma tia do nosso estudante, à rua dos Inválidos. Estêvão tinha-a visto, pela primeira vez, seis meses antes, e desde logo sentiu-se preso por ela, "até à morte", disse ele ao amigo, referindo-lhe o encontro, o que o fez sorrir de tão estirado prazo. Qualquer que ele fosse, porém, o prazo fatal daquele cativeiro, a verdade é que Estêvão no mesmo ponto em que a viu logo a amou, como se ama pela primeira vez na vida - amor um pouco estouvado e cego, mas sincero e puro. Amava-o ela? Estêvão dizia que sim, e devia crê-lo; alguns olhares ternos, meia dúzia de apertos de mão significativos, embora a largos intervalos, davam a entender que o coração de Guiomar - chamava-se Guiomar - não era surdo à paixão do acadêmico. Mas, fora disso, nada mais, ou pouco mais.

O pouco mais foi uma flor, não colhida do pé em toda a original frescura, mas já murcha e sem cheiro, e não dada, senão pedida.

- Faz-me um favor? disse um dia Estêvão apontando para a flor que ela trazia nos cabelos; esta flor está murcha, e, naturalmente, vai deitá-la fora ao despentear-se; eu desejava que ma desse.

Guiomar, sorrindo, tirou a flor do cabelo, e deu-lha; Estêvão recebeu-a com igual contentamento ao que teria se lhe antecipassem o seu quinhão do céu. Além da flor, e para suprir as cartas, que não havia, nada mais obtivera Estêvão durante aqueles seis compridos meses, a não serem os tais olhares, que afinal são olhares, e vão-se com os olhos donde vieram. Era aquilo amor, capricho, passatempo ou que outra coisa era?

Naquela tarde, a tarde fatal, estando ambos a sós, o que era raro e difícil, disse-lhe ele que em breve ia voltar para S. Paulo, levando consigo a imagem dela, e pedindo-lhe em câmbio, que uma vez ao menos lhe escrevesse. Guiomar franziu a testa e fitou nele o seu magnífico par de olhos castanhos, com tanta irritação e dignidade, que o pobre rapaz ficou atônito e perplexo. Imagina-se a angústia dele diante do silêncio que reinou entre ambos por alguns segundos; o que se não imagina é a dor que o prostrou, - a dor e o espanto, - quando ela, erguendo-se da cadeira em que estava, lhe respondeu, saindo:

- Esqueça-se disso."

domingo, 9 de novembro de 2008

Friends
Friendship is a strange thing. We find ourselves telling each other the deepest details of our lives... things we don't even share with the families who raised us. But what is a friend? A confidant? A shoulder to cry on? An ear to listen? A heart to feel? A friend is all these ... and more. No matter where we met, no matter how long we've been together ... I call you friend. A word so small, yet so large in feeling, a word filled with emotion, a word overflowing with love. Truly great things come in small packages. Once the package of friendship has been opened, it can never be closed. It is a constant book always waiting ... waiting to be read ... and enjoyed. We may have our disagreements ... we may have our disappointments ... we may argue ... we may concern one another ... friendship is a unique bond that lasts through all tribulations. A part of each of us goes into our friendships ... our humor ... our experiences ... our tears. Friendships are foundations ... necessary for life ... and love. Friends ... you and me ... you brought another friend and then we were three ... we started our group ... our circle of friends ... there is no beginning ... there is no end unknown.